Até quando?
25 de outubro de 2022
Como foi reportado pela comunicação social, na madrugada do último domingo o Bairro Ribeirinho de Faro foi palco de mais um episódio de violência extrema, agora com disparos de arma de fogo junto a uma das discotecas.
Aconteceu na Discoteca Twice, em plena Rua do Prior, onde se acotovelam centenas de pessoas todas as noites, sem um polícia à vista.
Os residentes, que já vivem com o ruído, as drogas, o vómito, e o cheiro a urina, têm de lidar também com a crescente insegurança e o receio de que, a qualquer momento, entre uma bala perdida pela janela e ocorram tragédias que só por mero acaso ainda não aconteceram.
Este episódio, tal como outros que têm merecido menos atenção por parte da comunicação social, é o resultado da teimosia em manter aquele tipo de estabelecimentos a funcionar até de madrugada no centro histórico da cidade, entre casas de habitação, sem que cumpram com as mínimas condições de segurança para operar sem criar perigo e incomodidade para os restantes empresários e residentes.
Perante a suposta eminência da aprovação de novos Regulamentos Municipais do Ruído e dos Horários de Funcionamento dos Estabelecimentos, os residentes propõem que os bares se mantenham abertos até às 24h00, de domingo a quarta-feira, e até às 02h00 nas noites de quinta a domingo e nas vésperas de feriado.
Propõem, ainda, que seja criada zona própria da cidade para instalação das discotecas.Esta mudança depende exclusivamente do executivo camarário, o mesmo que aprovou o regulamento que vem a alimentar episódios como os da madrugada de domingo.
O sucedido deve também alertar a PSP para a necessidade imperiosa de existir naquela zona uma presença permanente, que dissuada estes e outros comportamentos que atentam contra a segurança e os legítimos direitos de todos os que residem, trabalham ou se deslocam à baixa da cidade.
Até agora, parece que a segurança da zona tem sido deixada a uma espécie de autorregulação, que apenas favorece a lei do mais forte e a emergência de grupos criminosos organizados, que, inevitavelmente, recorrem à violência para disputar o controlo do território.
Que mais terá de acontecer para que exista uma mudança de atitude por parte destas entidades?
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