19 de agosto de 2022
O Bairro Ribeirinho de Faro, onde se aglomeram cerca de 450 edifícios, ocupa uma área de 81.595 m2.
Ao longo destes meses, temos vindo a observar as características, os tesouros, as fragilidades, as potencialidades e os males de que esta zona da cidade padece.
Um destes males é, sem dúvida, a carência de limpeza e higienização das ruas e dos espaços públicos.
A limpeza mais profunda é feita apenas em duas ou três ruas, ficando as outras num constante estado de desleixo e sujidade.
Os moradores, movidos por um sentido de civismo e por um natural instinto de sobrevivência, empenham-se na limpeza do espaço exterior junto às suas residências, na esperança de que aquele conceito segundo o qual "limpeza gera limpeza" se concretize.
Se a rua é uma extensão das nossas casas e se as nossas ruas foram destinadas a ser "o salão de festas" da cidade de Faro, como é possível que a limpeza e a saúde pública não sejam asseguradas de forma adequada?
A prática do "faz de conta", de "varrer para debaixo do tapete" para "inglês ver", não resulta.
Qual poderá ser o efeito destes decadentes postais a curto, médio e longo prazo?
A insuficiência de papeleiras, a ausência de cinzeiros de rua, a deficiência na lavagem e desinfeção dos equipamentos de deposição e das próprias ruas, a inexistência de fiscalização e prevenção de comportamentos desajustados (como o de urinar ou vomitar nas portas e fachadas das habitações) e a presença de um único funcionário (a quem muito agradecemos) da Fagar para dar conta deste "recado", compõem um cenário dantesco.
O cheiro nauseabundo percorre as esquinas e os recantos do Bairro Ribeirinho, enquanto garrafas de álcool, vidros partidos, copos de plástico, beatas de cigarros e maços de tabaco vazios jazem no chão durante dias a fio.
Infelizmente, até esta atitude louvável é insuficiente.
Todas as manhãs, de segunda a domingo, o cenário é macabro, sendo frequentemente imortalizado pelas câmaras dos telemóveis de transeuntes e turistas...
E serão os moradores (contribuintes, residentes e munícipes como os outros) os filhos de um deus menor, merecedores deste castigo diário?
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