Olhos nos Olhos!
10 de setembro de 2022
Segundo o Feng Shui, as janelas são os olhos das casas, símbolos da
recetividade.
Nelas entram a luz e o ar e delas saem olhares, palavras e silêncio,
promovendo a interação permanente entre olhar e ser visto e entre o visível e o
imaginário.
Nas ruas do Bairro Ribeirinho temos uma vasta sequência destes testemunhos
oculares fixos que, mais ou menos discretamente, se mostram como se fossem
quadros pendurados nos corredores de um museu.
Da Rua 1.º de Maio até à Serpa Pinto e da Rua da Alfândega à Francisco
Barreto, podemos percorrer os séculos através destas tão óbvias e essenciais
aberturas nas fachadas e observar os característicos retângulos dispostos
verticalmente com molduras de pedra calcária rija, aparelhada e bujardada,
cujas dimensões rondam os 100 x 130 centímetros.
Conhecer ou reconhecer os elementos estruturais e compositivos da obra
humana e enquadrá-los no nosso espaço urbano contribuem para valorizá-lo,
preservá-lo e garantir que a sua identidade nunca se perca.
"Se podes olhar, vê, se podes ver, repara" escrevia José Saramago
no seu "Ensaio sobre a Cegueira" e, seguindo esse conselho,
convidamo-lo a um passeio virtual (do qual aqui publicamos uma pequena amostra)
e real, olhos nos olhos, pelos "corredores" do nosso museu ao ar
livre, desde "a primeira janela onde a madrugada bate", até à última,
onde o sol se despede...
Bom passeio e boa visão!
10 de setembro de 2022
Segundo o Feng Shui, as janelas são os olhos das casas, símbolos da recetividade.
Nelas entram a luz e o ar e delas saem olhares, palavras e silêncio, promovendo a interação permanente entre olhar e ser visto e entre o visível e o imaginário.
Nas ruas do Bairro Ribeirinho temos uma vasta sequência destes testemunhos oculares fixos que, mais ou menos discretamente, se mostram como se fossem quadros pendurados nos corredores de um museu.
Da Rua 1.º de Maio até à Serpa Pinto e da Rua da Alfândega à Francisco Barreto, podemos percorrer os séculos através destas tão óbvias e essenciais aberturas nas fachadas e observar os característicos retângulos dispostos verticalmente com molduras de pedra calcária rija, aparelhada e bujardada, cujas dimensões rondam os 100 x 130 centímetros.
Conhecer ou reconhecer os elementos estruturais e compositivos da obra humana e enquadrá-los no nosso espaço urbano contribuem para valorizá-lo, preservá-lo e garantir que a sua identidade nunca se perca.
"Se podes olhar, vê, se podes ver, repara" escrevia José Saramago no seu "Ensaio sobre a Cegueira" e, seguindo esse conselho, convidamo-lo a um passeio virtual (do qual aqui publicamos uma pequena amostra) e real, olhos nos olhos, pelos "corredores" do nosso museu ao ar livre, desde "a primeira janela onde a madrugada bate", até à última, onde o sol se despede...
Bom passeio e boa visão!